quinta-feira, 10 de março de 2011

Natália em entrevista para site.

FAMOSIDADES 
Por WALLACE CARVALHO

RIO DE JANEIRO - Natália do Valle não gosta de dar entrevistas. Reservada e muito tímida, a atriz não se sente à vontade falando sobre sua vida como faz grande parte dos atores brasileiros. Para a estrela global, pior que isso só encarar um batalhão de fotógrafos pedindo para que ela faça poses. "Morro de vergonha", contou ao Famosidades.
No ar como a Wanda, de "Insensato Coração", Natália interpreta mais uma mãezona em sua carreira, agora em uma trama de Gilberto Braga. Sem se preocupar com rótulos, a atriz afirmou que a personagem é bastante diferente de Ingrid, de "Viver a Vida", seu último trabalho na TV.
"São pessoas diferentes, os filhos são diferentes. São outros questionamentos e uma outra história", explicou. A estrela volta a trabalhar com Gilberto após duas décadas e lembra que se descobriu atriz em uma novela do autor. "Foi essa trama que me projetou como atriz, que me deu status de atriz e a certeza de que era isso que eu queria fazer até o fim da minha vida", revelou.
Aos 58 anos, Natália impressiona por sua beleza e excelente forma física. Segundo a atriz, ela não posaria nua por dinheiro nenhum e beleza não está em primeiro plano em sua vida. Durante o papo, a carioca falou sobre o segredo da sua boa forma, da dificuldade de se colocar um ponto final em um casamento e contou que, ao final de todo trabalho, sempre leva alguém do elenco para sua vida. Quer saber quem foram os sortudos?

 Divulgação/TV Globo

FAMOSIDADES - Como surgiu o convite para viver a Wanda em "Insensato Coração"?

NATÁLIA DO VALE - A proposta me foi feita há bastante tempo. Eu ainda estava gravando "Viver a Vida" quando o Gilberto Braga me ligou falando da personagem e eu fiquei muito feliz. Eu pensei em tirar férias, mas não pude recusar o convite. Não consegui deixar de pensar em fazer essa novela. Vou confessar que a personalidade fraca de Wanda me seduziu. Nunca tinha feito uma personagem tão frágil.

A Wanda é fraca ou mau-caráter?

Ela é fraca. É uma mulher humilhada, humilhante. Flagrada pelo marido na cama com o cunhado. Imagina? Ainda não sei como defendê-la. 

Como foi o processo de composição da personagem? Se inspirou em alguém?

Nunca me inspiro em ninguém. Novela é obra aberta, você nunca sabe o que estar por vir. A Wanda, por exemplo, vai passar por várias transformações ao longo da trama. Então, essa composição vai sendo feita aos olhos do público, vou fazendo essa construção enquanto vai chegando o roteiro. Em breve, ela vai fazer uma viagem, ficar um tempo fora e eu não faço a menor ideia de como ela vai voltar.

A Wanda assim como a Ingrid, de "Viver a Vida", é mãe de dois filhos homens que vivem em guerra. Em que essas duas mulheres são diferentes?

Em tudo. Ela são pessoas diferentes, os filhos são muito diferentes. Eu entendo que as pessoas possam encontrar algo da Ingrid na Wanda. Mas, é porque no fundo toda mãe é igual. Mas, como mulher, são personalidades opostas. A Wanda é covarde, vê sua família fracassar após 20 anos de um casamento feliz. São outros questionamentos, uma outra história.

Você nunca teve filhos, de onde vem a inspiração para fazer mães tão marcantes?

Eu não sou mãe, mas eu sou filha. Mesmo sob o olhar de filha, com a maturidade a gente compreende as atitudes dos nossos pais e se coloca no lugar deles em certas situações. Não precisa ser com relação a um filho. Falo dessa coisa de criação que é algo muito particular. Além disso, eu observo muito, é trabalho de ator observar. 

Sua personagem termina uma união após duas décadas. Na vida real, você já passou por dois casamentos. É difícil colocar um ponto final em uma relação?

O mais difícil é saber o momento terminar uma relação antes que ela se torne destrutiva. Eu tenho orgulho dos meus casamentos e da forma como eles chegaram ao fim. Meus ex-maridos são meus amigos.

A novela marca um reencontro profissional entre você e o Gilberto. Como foi retomar essa parceria após duas décadas?

Pois é, eu fiz "Água Viva", que era dele também em 1980. Olha como o tempo passa rápido! Eu considero "Água Viva" minha primeira novela. Foi essa trama que me projetou como atriz, que me deu status de atriz e a certeza de que era isso que eu queria fazer até o fim da minha vida. Até então, eu tinha feito alguns trabalhos na TV, mas a minha carreira, de fato, começou nas mão de Gilberto. Então, é maravilhoso poder voltar a fazer uma personagem criada por ele, especialmente para mim, depois de tanto tempo.

Tem alguma personagem favorita?

Difícil de responder essa pergunta. Tenho carinho enorme por todos os trabalhos. "Água Viva" foi marcante porque foi minha estreia. Outro trabalho que tem um lugar reservado é "Baila Comigo" porque foi onde eu conheci o Tony Ramos, um grande ator e um grande amigo.

 Divulgação/TV Globo

Ao contrário do muita gente acredita, essa é a primeira vez que você faz uma novela inteira com o Antônio Fagundes...

Verdade. Não é a primeira vez que a gente contracena juntos. Ele fez uma participação em "Negócio da China", do Miguel Falabella, como meu marido que morria no primeiro capítulo. Mas foi uma coisa tão rapidinha que não valeu [risos]. Essa é a nossa primeira novela juntos. Eu também gravei um episódio do "Carga Pesada" com ele e com o Stênio Garcia, mas novela é a primeira vez.

 É verdade que você sempre leva alguém do elenco para sua vida?

É. A cada novela eu me torno amiga de um colega de cena e levo essa pessoa comigo no coração. Em "Viver a Vida" foi o Mateus Solano; em "Páginas da Vida" a Helena Ranaldi; em "Torre de Babel" foi a Adriana Esteves. Encontrei o Miguel Falabella em "O Outro" e é como se fosse um irmão.

E em "Insensato" já tem alguém que você está de olho?

Está muito no começo ainda. Pode ser que até o fim da novela eu me surpreenda com alguém. Mas tem uma pessoa que está na minha vida há algum tempo e agora a gente tem a oportunidade de estreitar esse laço que é o Fagundes.

Dizem que você não gosta de dar entrevistas porque é tímida. Como você faz para lidar com o assédio da imprensa?

Sou muito tímida. O pior é fazer foto. Para mim, posar é dificílimo. Morro de vergonha. Não nada fácil estar aqui falando. A curiosidade sobre a minha vida pessoal me incomoda um pouco, sim. Não acho natural ter que responder sobre minha alimentação ou sobre os meus relacionamentos.

Então, posar nua nem pensar?

De jeito nenhum. Já recebi muitos convites. Mas não há dinheiro que me faça mudar de ideia.

Qual o segredo para se chegar tão bem aos 58 anos?

Não tem segredo. A maioria das mulheres, hoje em dia, chegam bem até essa idade. A vida moderna não deixa você engordar. Mas eu não gosto de comer demais, não como nada muito gorduroso. Apenas porque não gosto do sabor, não acho agradável. Não vivo fazendo dieta. Mas faço exercícios. Também não vou dizer que não faço nada. Vou a academia três vezes por semana por uma questão de saúde e não de beleza. 

Nada de plásticas ou botox?

Nunca fiz e não faria. Tem tanta gente ficando deformada por aí [risos]...

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